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Johnny Escreve Canções Sobre Fantasmas

Tuesday, April 24, 2007

Polaroid

Vez que outra me pego querendo entender coisas que n tem muita explicação. Perco tempo, tempo que eu não sei se me pertence. Aliás, nada nesse mundo parece me pertencer. Nem estas palavras que parecem se suicidar, quando já não nascem mortas. Besteira, as palavras são eternas. E dóem, dóem muito. Talvez até sangrem. Lentamente, de gota em gota. Preciso controlar esta tristeza para que não vire desespero. Na verdade sei bem como lamber minhas feridas. Pessoas, sentimentos, tudo se confunde numa lógica torta que me deixa assim, sem muito o que dizer. Queria poder chorar ao invés de sorrir, pq sorrir me dói e chorar talvez me traga algum alívio. Preciso andar, assim sem destino, para quem sabe encontrar algum caminho. Um caminho que não seja esta estrada de chão batido, que parece dizer a cada passo que dou que ando em círculos. Círculos fechados em uma realidade quase mórbida. Ando me traindo comigo mesmo. As vezes me amo, as vezes me odeio. Mas não vou me desesperar. Vou deixar o suor escorrer para depois me banhar na água fria. Até me arrisco a olhar no espelho de vez em quando. Mas, faço isso só para que ele me mostre que não sou tão feio assim, nem tão sem coragem de mudar minha história. Ele então me sorri e como numa polaroid, fotografa este momento.

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