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Johnny Escreve Canções Sobre Fantasmas: February 2007

Monday, February 26, 2007

Depois da última noite

Sim, eu sobrevivi. Acordei muito bem, para uma segunda-feira. Dizem que a semana deveria começar na terça. Que segundas não deveriam existir. As segundas são dias cheios de segundas intenções. Explico. Você acorda pela manhã querendo acabar com ela, mas parece saber, que ela é que acabará com vc. Engraçado? Não penso. Depois da última noite, algumas certezas me vieram. Certezas, que fizeram da minha confusão, uma luz. Uma pequena luz no fim do túnel. Jonnhy está bem. Parece que tem entendido um pouco melhor seus sentimentos. Dizem que somos confusos. Mas, até as segundas-feiras são confusas. Você acorda, com o gosto de domingo, com o corpo de domingo, mas seus olhos são de segunda-feira. Olhos inchados, boca seca. Mas, não adianta fugir, uma nova semana esta começando. Você então lembra dos seus planos, de largar aquele emprego, de tocar os seus projetos paralelos, mas percebe que não deu tempo. Você ainda é o mesmo cara de sexta-feira. Piorado. Agora vc já não tem o "findi" pela frente, tem uma semana, cheia. E ela está apenas começando. Você respira fundo e aceita a sua condição de servo do sistema. Johnny ainda vive num mundo irreal, repleto de poesia e de sonhos. E eu? Criatura real? O que faço com este gosto de ressaca, e com as horas que se arrastam? Não faço. Espero por terça-feira.

Saturday, February 24, 2007

Crônica de Um Amor Eletrônico

Eles se conheceram em outubro de 2006. Era um domingo. Ele estava quase saindo da lan house, quando ela entrou, na sala de bate-papo. Ficaram horas conversando, o tempo passou feito um vendaval. Não sobrou um segundo, pelo contrário, faltaram. Trocaram e-mails e decidiram seguir se falando. Com os e-mails vieram as fotos, com as fotos, os telefones. Mas ele demorou um pouco para ligar para ela. Não por medo, mas por ainda comandar as suas vontades. Certa manhã, ele havia perdido, o horário. Estava atrasado para o serviço. De repente, decidiu ligar. "Alô, sabe quem está falando?" "Claro, 048." Foram minutos mágicos. Os crédito acabaram, mas a magia ficou no ar. Ele agora respirava ela. Caminhou pela rua, com um sorriso, no rosto. Um sorriso há muito ausente. Decidiu ligar novamente. "Alô? Sou eu de novo", "Acabou muito rápido, decidi ligar para falar mais um pouquinho". Foi assim, que trocaram as primeiras palavras. Muitas ligações e e-mails depois, decidiram se encontrar. Marcaram para dezembro. Ele iria visitá-la. Não aconteceu. Ele deu uma desculpa e disse que não poderia ir. Combinaram então que ela viria em janeiro. E ela, não arrumou nenhuma desculpa. Ele foi busca-la na rodoviária. 05:00 hs de um sábado. Estava ansioso, muito. Ela tb não escondeu sua ansiedade na ligação do dia anterior. Mas ele estava , ali, andando de um lado para outro, impaciente. O ônibus havia atrasado. De repente, uma sms no celular. Ela, avisando que estava chegando. O coração dele então começou a bater mais rápido, e a ansiedade aumentou. Ela havia avisado, que estaria com uma blusa lilás, sua cor preferida. Ele já sabia disso, havia até comprado uma camiseta na mesma cor, só para agradá-la. Até hoje, ela não sabia disso. Finalmente, o ônibus chegou. Ela surgiu, em passos lentos, segurando uma mala cor- de- rosa. O mundo parou para ele. Aqueles breves instantes até cumprimentá-la, se transformaram numa eternidade. Ela tinha um leve sorriso no rosto, um misto de graça e nervosismo. Ele a cumprimentou dizendo: "Olá, moça!", não havia ensaiado nada, e na hora só soube dizer isso. Pegaram um taxi, ela ficaria hospedada na casa dele. Um silêncio imenso até o destino. Chegando em casa, ele anúnciou: "1/2 hora e vc está em casa, lembre-se do que falei". Ela sorriu. Pouco tempo depois estavam se beijando. Ela depois confessou que o beijo de ambos não encaixava. "Como assim não encaixa?", ele questionou. Ela não soube explicar direito, e ele não deu muita importância para o fato. À tarde, depois de trocarem muitos olhares e carinhos, além de palavras de admiração mútua e alguns elogios, resolveram dar mais um passo, em sua história. Eles fizeram amor. E o fizeram de uma forma que só uma palavra pode definir o que aconteceu...poesia. Parecia que aqueles corpos haviam sido feitos sob medida. Tudo se encaixava, numa harmonia perfeita. Foi lindo. Eles haviam combinado que ela ficaria por uns dias, seriam sete, mas viraram cinco. Eles fizeram muitas coisas juntos , nestes cinco dias, que passaram voando. Aliás, tudo sempre foi muito rápido desde que se conheceram. Mas, ela foi embora. Ele ainda lembra dela subindo no ônibus, cada segundo triste, de uma despedida. Desde então, só se falam pela internet ou por telefone. Estão namorando à distância. Ele acha que ama ela, ela acha que pode amar ele. Combinaram de se encontrar agora em março. Mas, o tempo que desde sempre passou tão rápido, agora se arrasta. Estão com saudades. E a saudade, vez que outra, atropela o sentimento e faz cobranças, gera dúvidas e faz sofrer. Ela diz que sente ódio da distância. Ele diz que isso um dia vai acabar. Ela fica assustada, toda vez, que ele diz que quer ficar junto dela pra sempre. Ela diz pensar não sentir o mesmo que ele, pois não teve tempo de se apaixonar. Ele então, desconversa, dizendo que não está lhe cobrando nada. Assim, continuam juntos e separados. Acho que se gostam de uma forma singular, única, verdadeira. E vão ficar juntos...sei que vão ficar juntos. Nenhum obstáculo é maior que um sentimento. E eles querem e procuram a mesma coisa...um pouco de amor verdadeiro. Por enquanto, o tempo e a distância lhes priva de viver este amor, de dar continuidade a essa história. Mas, ele sabe que ela continuará. E então, este amor nascido em bits e mais bits, de sentimento condensado, poderá existir, em cada momento, em cada suor, quando seus corpos se encontrarem novamente. Ela espera por isso...ele espera por ela.
O Próximo Segundo

Johnny está ficando paranóico. Diz sentir pavor do que está para acontecer, ali, no próximo segundo. Acho que sua ansiedade tem aumentado. Fazia tempo que não sentia aquela dor na boca do estômago, anos talvez. Esta semana ela voltou. Algo me assusta, corrói. Achava que jamais sentiria isso, outra vez. Estava enganado. Cris me falou sobre sentir um friozinho na barriga, acho que ela não sabe, que um amor quando acontece, gera ansiedade. E essa dor aguda. Alguns dizem que amar é sofrer. Johnny não acredita no sofrimento como forma de amor. Quem ama não sofre por amor, mas por falta de amor. Temos muito o que ensinar um ao outro, mas sinto que não são palavras que nos faltam. Acho até que falamos demais. O que nos falta é tempo. E temos uma certa pressa, que se traduz em ansiedade. Essa dor na boca do estômago, não me engana. Johnny não esquece o próximo segundo. Hoje, a meia-noite, voltaremos o relógio em uma hora. É o fim do horário de verão. Johnny está apavorado. 3600 segundos...é o fim do mundo. Mas, não vou chorar. Ao menos por hoje, não vou chorar. Johnny me agradece. Será um fim de dia longo.
A Morte Anunciada

Tenho dormido tarde e acordado cedo. Acho que morri um pouco por estes dias. Algo em mim faleceu. Não foi assim uma morte violenta, mas desconfio que aquele rio selvagem que corria dentro de mim deu uma afunilada. Sinto que meus sentimentos foram podados. Espero que, como as árvores, eles voltem mais fortes. As vezes, sinto que é preciso morrer um pouco, para então vivermos as coisas, todas elas, em sua plenitude. No amor não é diferente. Só sabemos o quanto amamos, justamente no momento em que vemos este amor ameaçado. É preciso se perder um pouco no começo, para ganharmos no final. Sei que exagero nos adjetivos, que para mim, são sempre superlativos. Não consigo viver nada pela metade. Para mim tudo é assim, forte, denso, intenso. Minhas palavras não mentem, apenas assustam. Penso que assim, nada mais faço, que gerar as provas de meu crime imperfeito. Amar demais.

Friday, February 23, 2007

Poeminha Triste

As palavras não escondem
os sentimentos
vez que outra me enganam
e fazem do meu amor
um poeminha triste

algo me sufoca
não sei se é medo
ou pavor

queria chorar
mas lágrimas me faltam
respiro fundo
me falta o ar

tudo me falta
o tempo
o espaço
ela

me pergunto
onde dorme a poesia
do meu amor

o vazio me faz duvidar
de mim mesmo

e então o poeminha
triste do meu amor
se acaba

tudo
de repente é um
quase nada

e eu então
me sinto assim
quase ninguém
Primeiras Horas

Johnny me tirou da cama cedo, está virando um hábito. Não sei, mas acho que ele pensa que eu não preciso dormir. Mas, tudo bem. Cheguei muito cedo ao serviço, mais cedo do que esperava. Poetas também tem empregos. Ainda mais quando são deconhecidos, como eu e Johnny. Falamos com a Cris pela manhã. Ela ainda estava na cama. Sua voz ao telefone não escondia a preguiça habitual. Mas, eu gosto. Mulher na cama e com preguiça é um must. Pelo menos para mim. Existe qualquer coisa de belo nisso. Ainda não sei bem o que é, mas pretendo descobrir. Cris segue me encantando, um pouco mais a cada dia. Tenho percebido coisas nela, que antes não percebia. Ela me tem, e me tem de um jeito que não imaginava ser possível. Gosto disso. Nosso futuro promete. As vezes até me esqueço da distância que nos separa, tamanha admiração que eu sinto por ela. A saudade é grande, mas o sentimento é maior que qualquer obstáculo. Ela sabe disso. Johnny e eu também sabemos. Por enquanto, seguimos por aqui, juntando palavras e traçando caminhos.

Thursday, February 22, 2007

Poesia Em P&B

Minha vida é uma poesia em P&B. Johnny não me deixa esquecer. Mas não somos cinema mudo. Embalamos cada passo trêmulo ou decidido ao som de um Rock, de um Blues, de um Jazz. As pessoas me julgam inteligente, mas isso não me dá créditos, pelo contrário, me gera débitos para comigo e para com os outros. Esperam muito de mim. Talvez coisas que não poderei corresponder. E me sinto falho, feito um rascunho, mal acabado. Minha poesia não me engana. Me ilude, mas não me engana. Eu tento disfarçar, ecrevendo frases bonitas, mas as cenas da minha vida não disfarçam a realidade. Aquarelas não me pertencem. Me apaixono pelo sol que brilha todas as manhãs, mas uso óculos escuros. Hoje, tenho um amor, que me sorri, vez que outra. Que me espera, mas não me vê chegar. Que me dá esperanças, mas está distante. Ironia do destino. Johnny, me diz que é por pouco tempo. Mas, pq será que o pouco sempre é muito, justamente, quando tudo o que queremos é um instante, apenas um instante, nos braços de nosso amor. As palavras me traem, me confundem, dizem coisas que não deveriam dizer. Eu me engano, toda vez, que penso escrever o que sinto. As vezes penso que faço isso apenas para preencher o branco com o preto. E então percebo, que a poesia em p&b, nada mais é que a vida me pedindo uma chance. Apenas uma chance de ser vivida.
Tempo e Espaço

Acredito que na vida, tudo se resume a tempo e espaço. E infelizmente, não consigo controlar, nem um nem outro. O tempo me consome, me joga de encontro a uma placa, que sinaliza o fim. E o fim, é uma questão de tempo. Eu me pergunto, todos os dias, como fazer do tempo que Deus me deu, uma eternidade. Como transformar, cada segundo, em minuto e cada minuto em hora. Horas, em dias, dias em semanas, semanas em anos, anos em décadas, décadas em séculos. Mas, sei que não vou conseguir. Não há espaço para a eternidade, em um mundo que perece todos os dias. Não há espaço, para traduzir, no branco, inválido...sentimentos esquecidos e subjulgados. Deus nos criou para este mundo, com prazo de validade. E de alguma forma tentamos buscar a eternidade que nos foi negada. Viver intensamente, muitas vezes é quase um falecer. Deixar de viver é um já estar-se morto. E o que dizer dos meus amores? Todos eles eternos em sua pretensão. Certa vez, Johnny me falou sobre a eternidade escondida em cada instante, cada abraço, cada beijo, cada noite de amor. Talvez, ele tenha descoberto a eternidade que nos foi negada. Um momento mágico em nossas vidas, é eterno. Eterno na eternidade de nossos dias. Tempo e espaço. Duas variáveis de uma equação inexata. Viver ou morrer? Um dia a mais ou um dia a menos? Perto ou distante? Queria algumas respostas. Mas, desconfio que a minha eternidade foi sabotada.
Presente

Johnny está feliz. Acredita que agora eu vou dar a ele o que tem me pedido a tanto tempo: os textos para o livro. Ele está certo. Estamos decididos e nada nos fará recuar desta vez. Mas, já vou logo avisando: não me pressione! Ele concorda, dizendo que vai se controlar. Assim é melhor. Tenho que organizar algumas idéias e traçar alguns rascunhos. Vai ser divertido. Johnny, acha que vai ficar assistindo a tudo de camarote. Coitado. Mal sabe ele que vamos escrever os textos a quatro mãos. Tolinho. Mas ele aprende. Tem um ótimo coração, a cabeça é fraquinha, mas o coração é imenso. Meu caro amigo, noites nos esperam, cafés, chás, vinhos e palavras, muitas palavras órfãs de sentimentos nos esperam. Nos esperam para enfim poderem existir de verdade. Uma palavra não nasce sem que antes traduza um sentimento. Essa é a essência de todas as coisas. Traduzir sentimentos. O resto, são apenas rabiscos de vida.

Wednesday, February 21, 2007

Bloco Do Eu Sozinho

Johnny me tirou da cama cedo. Isso explica a ressaca que estou sentindo. A montanha de latas vazias no lixo também. Mas, tirando a dor de cabeça, estou bem. Passei o carnaval sozinho, em casa. Pela manhã, fiz duas tentativas de tentar conviver com alguém, mas não deu certo. O amigo para o qual liguei, não atendeu o telefone. Resolvi, então convidar um colega para almoçar comigo, mas ele já tinha um compromisso assumido. Desse modo, desisti da idéia de conviver com alguém no feriado. Liguei para Cris, para matar a saudade, escutar a sua voz. Ela estava com um humor ótimo. Estava deitada na cama e falava comigo com toda preguiça que seu corpo podia comportar. Não posso esquecer de casar com essa mulher, ela tem a medida certa, em todos os sentidos. Johnny sabe disso e me apoia. Na verdade, ele é apaixonado por ela... e eu também. Não nos falamos pela manhã, acho que ela não foi ao escritório. Resolvi escrever estas palavras, para preencher a lacuna de sua ausência. Ela nos faz falta. Johnny está me cobrando os textos para o livro. O tempo está correndo, mas as palavras apenas engatinham, feito criança. Mas, enfim teremos que dar os primeiros passos. Nenhum sonho se realiza sem movimento.

Wednesday, February 14, 2007

Brisa

Uma imensa brisa
cobre o meu mar
um imenso céu
sem um chão para pisar

mais tudo vai passar
como uma chuva de verão

que molha
ao mesmo tempo que refresca

e se faz chorar
ao mesmo tempo alivia

o sol se esconde
vez que outra me prega
uma peça

meu sorriso some
Johnny some

e então fico assim
feito corpo sem alma

triste
de uma tristeza
que cai feito conta-gotas

muito leve...muito leve

apenas um calafrio

e o medo?

é o maior dos pecados!

Friday, February 09, 2007

O Jardim Secreto

Johnny me falou que toda pessoa tem dentro de si um jardim secreto. Ele acredita, que este jardim é reservado para o nosso amor verdadeiro, e que nenhuma outra flor brota ali. A não ser a de nosso maior amor. Lembrei da Cris, quando ele me disse isso. Pensei no quanto eu quero ser aquela flor a brotar no seu lindo jardim secreto. Ela sabe disso...e eu sei que ela brotará em mim, uma linda flor. Uma flor imortal, que vai ser regada todos os dias da minha vida e que viverá na eternidade dos meus sonhos. Eu sei, que talvez demore um pouco. A eternidade não é mesmo uma coisa fácil de se conquistar. Mas, eu sonho todos os dias com o seu amor. E acredito, que um dia, em seu jardim secreto estarei, assim, como ela estará no meu. Nesse dia, talvez eu seja, o homem mais feliz do mundo. E ela, talvez descubra, assim como eu, que nunca amou antes.
Idéias Que Passam Pela Minha Cabeça

Johnny e eu começamos a pensar no livro. Algumas idéias tem me surgido, e acho que agora a coisa vai engrenar. A primeira delas é que o livro vai ser escrito do fim para o começo. Vamos contar a história a partir do final. Tb vamos amarrar os textos de maneira que possam ser lidos em qualquer ordem. Penso em fazer citações no rodapé das páginas, de maneira a comentar ou ilustrar os textos. A idéia de colocar desenhos ao lado dos textos tb permanece. Quero que o livro seja impresso...em papel reciclado e envelhecido. Penso tb...em capas diferentes, para diferentes tiragens. Tb estou pensando em numerar os exemplares. Espero que a editora concorde. Penso em escrever algo em torno de 100 textos. É claro que estes textos n serão postados no blog. Mas, continuarei escrevendo textos exclusivos para postar aqui. No mais, é arregaçar as mangas e transformar o sonho em realidade. Johnny não vê a hora de ver o livro pronto. O bobinho acha que vai ficar famoso. Não disse nada para ele, mas acho que ele pirou.

Tuesday, February 06, 2007

Slide

A vida é assim mesmo...um amontoado de imagens e recordações, que as vezes invadem nossos pensamentos e se confundem, feito um filme, que saiu de cartaz...mas que insiste em voltar, para ser exibido, em uma sala alternativa, para um público seleto...nós. E de repente, as histórias se confundem...e o filme então, mistura todos os personagens, e já não sabemos dizer o que foi, e o que é...e então tudo passa assim, rápido, muito rápido, como um slide acelerado...que nos deixa um pouco tontos e sem fôlego. E as imagens, antes belas, e agora distorcidas, nos fazem pensar que tudo isso merece uma edição. Então, assassinamos o passado, tirando as partes ruins do sonho que não aconteceu...e remendamos no futuro...fazendo do sonho perdido...um novo sonho. E a vida então continua a existir...o sonho continua a existir e nós continuamos acreditar que o filme da nossa vida um dia ficará pronto.

Friday, February 02, 2007

Poesia Para o Meu Coração

A casa vazia, vazia está, desde que ela partiu. Johnny, me consola, com histórias e mais histórias, que são versões de uma única história. A história do meu amor verdadeiro...meu verdadeiro amor. Tento me distrair...ouvindo melodias suaves, mas meu pensamento não sai do lugar. Apenas uma imagem, que se desdobra em muitas outras imagens de um único ser...um único belo ser. Da janela da casa, vejo a lua cheia, que ilumina as águas e distrai o meu olhar. Mas, meu pensamento distante está, perdido de amores...por um sorriso, por um olhar, por um corpo de mulher. Uma mulher com rosto de menina, com jeito de menina, mas que me fascina, me envolve e me faz sonhar. O tempo, apenas o tempo, poderá me salvar de sua ausência. Mas, enquanto o tempo não passa, me perco em palavras...que são como eco de outras palavras de amor. E me repito, uma, e mais outra vez, enquanto o tempo não passa, enquanto ela não volta, não chega. E já, não disfarço o que sinto, não escondo, nem me iludo. Ela sabe, eu sei...e talvez agora muitos saibam. Mas, não me importo...meu amor é assim mesmo....poesia para o meu coração!
Mais Uma Noite Sem Você

Procuro através
da noite

mas não encontro vc

em nenhum canto
da cama

no quarto escuro
eu me perco

longe do seu olhar

então me viro e
me reviro

e já não há lençóis
a me segurar

meu olhar distante
está

muito longe
eu sei
o amor se encontra

pois sozinho estou

e vc... só vc
me faz sentir perto
do amor que procuro

só vc
me faz feliz

então desisto de
procurar

e abraço
o travesseiro

o seu travesseiro

e adormeço
nos braços
do meu amor distante

e sonho...

sonho todos os dias
com vc!