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Johnny Escreve Canções Sobre Fantasmas: October 2006

Tuesday, October 31, 2006

Apenas um caminho

Tenho andado por aí, desde sempre, mas não sei até quando. Levo comigo poucas certezas, mas tenho uma curiosidade muito grande, sobre todas as coisas. Não tenho um guia de viagem, sigo apenas a minha intuição. Quase sempre erro o caminho, e peço desculpas a mim mesmo. Tenho visto muitas pessoas, todas elas, mais perdidas do que eu. Durmo sempre muito pouco, economizo tempo. O tempo, ao contrário, não me economiza me consome. Minhas histórias são curtas, tão breves, quanto um sonho bom. Embalo meus passos com muito pop-rock. As vezes escuto um jazz, um blues, um reggae. Viver sem trilha sonora não me serve. A vida não é cinema mudo. Algumas vezes me iludo, com um ou outro amor. Quase sempre tiram mais de mim do que me dão. Mas não me importo. Sei que tudo isso faz parte da vida. E a vida é apenas um dos caminhos. Gosto de observar a paisagem, e tudo o mais passa, pessoas, amores, dores. Admiro minhas cicatrizes, e os meus cabelos brancos também. Tenho sonhos, que quase sempre, se transformam em pesadelos. Esqueço muitas vezes de agradecer, a Deus, pela oportunidade. Ele, vez que outra, me espia. Para ver se estou caminhando direitinho. Sei que um dia vamos nos cruzar, e ter aquela conversa. Mas, não me preocupo com isso. Desde sempre, soube que este é apenas um caminho. Sinto uma certa saudade, de mim mesmo, toda vez que penso que esta viagem um dia vai acabar. Mas sigo caminhando mesmo assim. Até quando não sei. O que sei é que tudo se resume apenas a um caminho. A vida passa por aqui, e eu estou de carona, rumo a próxima estação.

Monday, October 30, 2006

O Refrigerador

Olho para a pequena foto pendurada na porta do refrigerador, e percebo o quão frágeis são os sonhos. Mas, ao mesmo tempo, tudo o mais passa a fazer sentido, quando penso o que nos leva a cometer certas loucuras. Fico assim parado, admirando os detalhes daquele rosto e pensando mil e uma coisas sem sentido. Vez que outra, disfarço e abro a porta, como que querendo encontrar, a felicidade escondida lá dentro. Mas não estou com fome, nem sede. Ou melhor...tenho sim uma fome imensa, uma sede interminável, de você. Seu sorriso imortalizado, me ilude e me engana. Penso que sorri pra mim...e então sorrio também. Poderia ficar assim, horas e mais horas, mas isso não me traria a certeza do amor que espero. Então faço planos de viagem, e mais uma vez, abro o refrigerador. Penso rapidamente em algo para pegar, mas tudo o que eu quero está do lado de fora. E então, fecho a porta mais uma vez. Você me olha...e eu sorrio, outra vez. E assim as horas passam...e tudo o mais passa. Sem palavras, sem toques, sem nada. Me questiono, mais uma vez, sobre o que será o amor. E não encontro muitas respostas. Mas qualquer coisa me diz que deva ser algo entre o sonho e a loucura de viver o sonho. Amor não se explica. E com louco não se descute. Espero algumas respostas, mas o refrigerador não me responde. Você segue sorrindo pra mim. Então, penso comigo, quão perfeito é este amor. O motor do refrigerador começa a funcionar. Você sorri...e eu também.

Saturday, October 28, 2006

Amares
As palavras, antes escondidas, brotam e fazem o branco inválido frutificar. E não existe enganos no que se escreve. As certezas chegaram, e o sol, antes escondido, se faz brilhar. E o amor, outrora, vencido pela maldade, se faz pronunciar em letras maiúsculas. A grande surpresa do sonho realizado, não esconde a lembrança do olhar antes lançado no vazio. O que dizer do que passou, quando o que se anuncia, nos faz reservar as mais belas palavras? Pobre louco aquele que desperdiça suas pérolas com os abutres. Meu amor escandaliza todos os olhares, e veste de magia a maldição a mim lançada. Então descanso meus sonhos no verde-mar das águas. Pequenas embarcações de saudade levam todos meus olhares para mares distantes. Tudo se demonstra, nada se esconde, e a poesia então revela o meu amor por ti.
Longe por tempo demais

Quando enfim não existir mais a distância entre o que se quer e o que se tem, entre o que se deseja e o que se realiza, entre o que se imagina e o que se concretiza, tudo então será verdade. E a verdade da vida consiste em se descobrir a beleza escondida não no que se sonha, mas na realidade de nossos dias. Quando a realidade de nossos dias for brindada com a certeza daquilo que realmente somos, talvez percebamos que estivemos ,quase sempre, longe por tempo demais.

Friday, October 27, 2006

Figurinhas Trocadas
Johnny não esconde o sorriso toda vez que lê as mensagens de Cris. E nossa ilustre hóspede, não economiza palavras e, nos brinda com um pouquinho de seu universo singular. Fico a pensar, onde ela esteve este tempo todo. Estamos tremendamente encantados com o seu jeito simples de se expressar. Seus anceios são tão parecidos com os nossos, que não vejo a hora de poder conferir de pertinho, o que no momento, habita apenas em meus sonhos. As pessoas são mesmo engraçadas. Ficamos sempre a planejar, uma coisa e outra, para depois abrirmos asas e deixarmos tudo o mais para o acaso. E Cris é o melhor dos acasos. Enquanto compartilhamos sonhos e palavras, que diminuem a distância, e nos fazem sentirmos tão próximos, aguardamos anciosamente pelo dia em que nossos mundos, se transformarão num universo comum.

Thursday, October 26, 2006

Para Nossa Hóspede Com Carinho
Ana desfila pelos corredores da casa vazia. Nossa hóspede está conseguindo transformar cada instante de nossa vida, em um momento especial. Saber que ela pensa e sente o mesmo que eu e Johnny sentimos, nos faz acreditar que estavámos certos sobre quase todas as coisas. E não existe nada melhor, que a beleza guardada em seu sorriso. Humildemente ela nos diz, para não criarmos expectativas quanto a sua grandiosidade. E de fato, não criaremos. Sua beleza e generosidade são como pinturas que se imortalizam na casa vazia. Nosso jardim tem mais flores desde a sua chegada, e nossas palavras fazem tão pouco por ela, comparadas com o que ela tem feito por nós.
Pequenas Coisas
Johnny voltou a sorrir. Assim, a vida fica mais fácil. Não sei pq as vezes nos vemos tristes, se na verdade temos tantos motivos para sorrir. O sol que brilha pela manhã, as ondas do mar quebrando na praia, as palavras que se transformam em poesia a cada instante. Mas não é apenas isso. Existe um universo maravilhoso, estampado em cada sorriso, cada palavra amiga. Há muito eu sei, que a felicidade está nas pequenas coisas, e o meu mundo é tão cheio dessas pequenas coisas, que não saberia dizer quão grande é a felicidade que sinto por ser eu mesmo.

Wednesday, October 25, 2006

Dreams


Fecho os olhos para a tristeza
que me consome
e me lanço sem para-quedas
do alto dos meus sonhos

Viver sem amor e sem poesia
é viver no inferno
e se o amor a gente inventa
seguirei inventando sonhos
e mais sonhos

todos eles repletos
de amores verdadeiros

até que o mundo me vença
ou então a vida me prove
que tudo é possível

e que Johnny e eu estamos
certos

o paraíso existe!

Tuesday, October 24, 2006

Silêncio
Chove em Floripa, e parece que a tristeza resolveu me visitar. Coisas estranhas passam por minha cabeça, e confesso que não gosto quando isso acontece. O silêncio, que faz com que todo amor vire um monólogo, é o mesmo que faz cada segundo virar uma eternidade. E a eternidade de quem está triste, não cabe em nenhum espaço de tempo. Sinto uma certa vontade de chorar, mas não sei dizer se minhas lágrimas farão o sol voltar a brilhar pra mim. Peço desculpas a Johnny, pelas palavras que escrevo. E ele, apenas me olha, sem nada dizer. Então desisto de tentar transformar em poesia o que estou sentindo. Quem sabe, o silêncio fale por mim.

Monday, October 23, 2006

Mole

Meu olhar se perde em ondas
perfeitas de saudade
por alguém que aqui nunca
esteve

e o sol que brilha na Mole
veste de paraíso o cenário
do meu amor

Penso comigo
vendo surfistas na água
se vc um dia estará aqui
sentada na areia a me esperar

então fecho meus olhos e
recordo os belos traços
da mulher com rosto de menina
que me faz suspirar

esboço um sorriso
e fico feliz só de pensar
na possibilidade de um dia
lhe encontrar

Saturday, October 21, 2006

24 Hours
O Sol voltou a brilhar em Floripa. Meus olhos não escondem a felicidade por estes dias singulares. Johnny está feliz. E nada neste mundo parece ter forças para quebrar o encantamento que nos faz sorrir, pela vida, pelo mundo, pelo amor...e pela poesia escondida em cada gesto, cada olhar e cada passo que damos. Existe uma sincronia de movimentos, que nos leva a agir, contrariando todas as regras, impostas por aqueles que vivem mergulhados numa ótica distorcida de valores, que levam o ser humano a virar um sub-produto de seus sonhos. Johnny e eu, ao contrário, vivemos em mundo particular. Longe dos holofortes, porém muito próximos do paraíso vislumbrado apenas em sonhos por quase todos. Não temos pressa, sabemos que o que importa não é o tempo ditado pelos relógios, que transformam o dia em míseras 24hs, mas sim a eternidade que pode estar escondida em cada instante, cada momento, cada gesto. Um beijo, um abraço, um sorriso, dispensam unidades de tempo. São instantes que transformam nossas vidas comuns, em algo muito maior. Não sei quanto tempo estaremos por aqui, vencendo ruas e vestindo de poesia a eternidade de nossos dias, mas posso dizer que a cada dia que passa damos um passo a mais em direção a terra prometida.
A4
Meus olhos percorrem cada centímetro da foto, impressa em pouco mais de 1/4 de papel A4, vestindo meu rosto com um sorriso há muito ausente. E eu que já não tinha mais palavras, lanço meu olhar, admirado e mudo, rumo a um sentimento desconhecido. Espero que este A4 resista ao tempo e transforme os meus sonhos num A2, tão lindo e indescritível, como o amor que move o que não sai do lugar e aproxima olhares que jamais se cruzaram. Assim, como o meu e o de Ana, e o de Johnny e Cris.
Já não existem mais dúvidas quanto ao que quero. Mas, ainda assim, me arrisco a perguntar: "Será que Ana me ama?" Será que Cris é tudo aquilo que sempre quis?"

Friday, October 20, 2006

Ondas
O que dizer quando já não existem palavras para descrever um sentimento? Ana sabe do que estou falando, e parece sentir o mesmo. Então, como um teórico de plantão, invento fórmulas e mais fórmulas, para explicar o que não tem explicação. E por mais que eu tente traduzir o que acontece por aqui, o que vejo são sorrisos de lado à lado e um certo encantamento que ultrapassa qualquer razão. Não sei dizer para que lado o vento sopra, mas posso sentir um friozinho na barriga, e bem sei o que isso significa. Johnny me pergunta se vamos mergulhar neste mar de sensações, e eu apenas lhe digo "que tudo na vida é precedido de uma escolha." Quando vc entra na água o mínimo que vc pode esperar é que uma onda lhe acerte. Pode ser que ela lhe derrube, ou até mesmo, lhe lance de volta à praia. E pode ser que vc apenas feche os olhos e mergulhe , e quando enfim, notares que nenhuma onda é igual a outra, perceberá que já não existem escolhas. O que nos impede de mergulhar não é o medo do desconhecido e sim do que venho antes. Sendo assim, estamos prestes a nos lançar, sem medo e sem direção, em um mar que nos espera de braços abertos, como agora, e como sempre.

Wednesday, October 18, 2006

Será que a felicidade tem c.e.p?
Johnny me tirou da cama cedo, estava inquieto, aliás tudo nele se transforma a todo instante. As vezes penso que ele nunca descansa. Sua antena parabólica permanece ligada 24hs, captando sentimentos e montando imagens e mais imagens de filmes que ainda não vi. Pela manhã, o mar ,visto da janela do quarto, parece lhe acalmar, e a água do chuveiro, antes fria e agora quente, relaxa e faz o tempo passar devagar. O café me desperta e anuncia que o dia promete ser longo e que tudo pode acontecer a cada instante, até mesmo o paraíso encontrar. Johnny me adverte, dizendo que sempre tivemos céu e inferno, mas que para nós jamais existiu um mundo perfeito. Sou obrigado a concordar...e ele ,como quem pede desculpas, me diz que "isso não significa que não podemos sonhar". Pego as chaves, que estão em cima da mesa, e tomo a rua. Johnny sabe e eu também sei que a felicidade tem outro endereço. Enquanto não descobrimos onde ela se esconde, seguimos adiante, e na nossa busca insana, fundamos ceps e mais ceps, lançando nosso olhar curioso sobre tudo e sobre todos, até que o mundo nos vença, ou quem sabe deus perceba, que é merecida a felicidade que nos faz andar.
Canção de Amor Com Vista Pro Mar

Toda vez que eu te vejo
meu mundo parece parar
por um instante eu percebo
tudo aquilo que eu quero
e onde quero chegar

Na casa vazia
todas as janelas tem vista pro mar
e as ondas brilhantes
que quebram na praia
parecem anunciar
o amor que descobri no seu olhar

Pode ser que tudo acabe
e pode ser que não haja fim
essa história que escrevo
eu selo apenas com um beijo
e deixo o resto pro silêncio
falar por mim

Tuesday, October 17, 2006

Cadê Você?
Johnny anda a procura de um sinal de nossa ilustre hóspede. Parece que ela se perdeu pelos corredores da casa vazia. Deveríamos tê-la advertido do quanto ela grande e repleta de cantos escondidos e obscuros até para nós mesmos, que sempre estivemos aqui. Acreditamos que logo a encontraremos. Estamos com saudades e anciosos por suas palavras. Ela não imagina o bem que nos faz. Será que ela realmente se perdeu? Onde será que ela está? Johnny, anda de um lado para outro, como que se estivesse procurando respostas para estas perguntas. Disse a ele para não se preocupar que logo ela aparece. Pelo menos espero por isso.

Monday, October 09, 2006

A Hóspede
Johnny abriu as portas da casa vazia. Temos visita, e torcemos para que ela fique para sempre. Não sabemos o que irá acontecer nos próximos dias, meses...mas podemos dizer que estamos encantados com nossa ilustre hóspede. As coisas aconteceram ao acaso, e se por acaso a felicidade chegar, não ficaremos surpresos, pois esperamos há muito por ela. Ela disse a Johnny, que também esperava por nós, e sendo assim acreditamos que se sente feliz e aconchegada em nosso mundo singular e perfeito. Johnny anda muito empolgado, pois acredita que daqui para frente seu nome virá sempre antes do meu, mas teremos que conversar a respeito, ele precisa respeitar o seu criador. De qualquer forma, essa será uma decisão dela...e Johnny bem sabe, que leva a preferência neste aspecto. A criatura mais uma vez supera seu criador. Nossa hóspede coleciona adjetivos, e ainda assim, não se esquece de nos agraçar com doces palavras, que não sabemos, se fechamos os olhos e deixamos, tudo bater como uma onda no mar, nos lançando sem direção, ou se nos beliscamos, e abrimos os olhos para verificarmos, que não sonhamos e temos os pés no chão. Ela bem sabe, que toda felicidade do mundo cabe em nosso jardim e que apesar de pequena flor, é bem maior do que tudo que sonhei para mim. Johnny caminha sobre nuvens de algodão e eu desconfio que os meus pés já não tocam o chão.
Ana's Song

Oh! Ana vc fez eu me apaixonar
por um sorriso que é só seu
E agora eu passo os meus dias
tentando acreditar que não é
apenas um sonho meu

Ana o que eu vou fazer
para que o tempo passe
rápido e então possa lhe ver?
e quando isso acontecer
eu prometo fazer ele parar
só pra você

Oh! Ana será que nossa história
terá um happy end?
Se isso acontecer não vou querer
mais ninguém

Ana já não sei mais o que dizer
só sei que no momento
só quero pensar em você



Sunday, October 08, 2006

Todas as ruas do mundo
Caminhava pelas ruas vazias nesta manhã de domingo, e o céu cinza cobria meus passos, enquanto vencia esquinas, decidido a ir a lugar algum. O mundo é imenso, mas nada parece maior, que a certeza que prevalece, e me diz que nada é maior que o indivíduo. Eu procurava por mim mesmo, e de tanto buscar, um sentido para o meu mundo particular, descobri um sentido maior...viver é a arte de se reinventar...e eu vivo muitas vidas, todas elas com uma fome interminável. Nada me basta, e não existem limites, nem destinos anunciados. Eu vivo de improvisos. Johnny, não me deixa esquecer de registrar cenas e mais cenas, de um filme que nunca acaba e como uma parabólica, capta sentimentos e me traduz, e então passo a ter, não apenas olhos, mas também um coração. Já não cabo em mim mesmo, e sendo assim escrevo linhas semi-tortas e me perco em palavras...buscando uma razão que ultrapasse a minha curiosidade, sobre tudo e sobre todos, e me mostre onde quero chegar.

Saturday, October 07, 2006

Alive!

Resolvi quebrar o silêncio. Sim, havia sumido e na verdade não poderia ser diferente...Johnny bem que tentou me convencer a voltar antes, mas depois concordou comigo, que este recesso se fazia necessário. Estamos vivos e estamos bem. Os fantasmas me abandonaram...acho que cansaram da velha casa vazia. Não sinto falta de ninguém. Outro dia, cantarolava um trecho de uma canção que ainda não terminei "mas tudo é assim...tudo é assim...pra vc e pra mim", e acho que isso resume tudo...eu continuo o mesmo...mas confesso...que aquele gosto amargo mudou...e mudou para melhor. Me sinto muito mais feliz e isso é apenas o começo. "I drink my tea".