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Johnny Escreve Canções Sobre Fantasmas

Monday, October 30, 2006

O Refrigerador

Olho para a pequena foto pendurada na porta do refrigerador, e percebo o quão frágeis são os sonhos. Mas, ao mesmo tempo, tudo o mais passa a fazer sentido, quando penso o que nos leva a cometer certas loucuras. Fico assim parado, admirando os detalhes daquele rosto e pensando mil e uma coisas sem sentido. Vez que outra, disfarço e abro a porta, como que querendo encontrar, a felicidade escondida lá dentro. Mas não estou com fome, nem sede. Ou melhor...tenho sim uma fome imensa, uma sede interminável, de você. Seu sorriso imortalizado, me ilude e me engana. Penso que sorri pra mim...e então sorrio também. Poderia ficar assim, horas e mais horas, mas isso não me traria a certeza do amor que espero. Então faço planos de viagem, e mais uma vez, abro o refrigerador. Penso rapidamente em algo para pegar, mas tudo o que eu quero está do lado de fora. E então, fecho a porta mais uma vez. Você me olha...e eu sorrio, outra vez. E assim as horas passam...e tudo o mais passa. Sem palavras, sem toques, sem nada. Me questiono, mais uma vez, sobre o que será o amor. E não encontro muitas respostas. Mas qualquer coisa me diz que deva ser algo entre o sonho e a loucura de viver o sonho. Amor não se explica. E com louco não se descute. Espero algumas respostas, mas o refrigerador não me responde. Você segue sorrindo pra mim. Então, penso comigo, quão perfeito é este amor. O motor do refrigerador começa a funcionar. Você sorri...e eu também.

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