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Johnny Escreve Canções Sobre Fantasmas

Thursday, August 23, 2007

Diário de um morto
O fim de um sentimento tem muito a ver com a morte. E acredito que hoje eu tenha morrido um pouco mais. Outra vez, entre tantas outras mortes repentinas. As vezes, me pergunto pq todo fim é triste e em preto e branco. Pq, não podemos apenas esquecer. Não é fácil entender muitas coisas e mais dificíl ainda é perceber que apesar de toda necessidade, quase sempre, não existe um chão para se pisar, ou algo em que se apoiar. Morrer seria fácil, mas gente não morre de amor. Nós ficamos vivos para lamber as feridas. E qual dor maior que a ferida aberta que não cicatriza? Qual dor maior que o vazio que nunca acaba e que parece sugar toda energia que se tem e até a que não temos? Um dia tudo fará sentido e então olharemos para o passado com o olhar de um sábio sobrevivente e diremos: então é isso? Soubesse antes não teria nem começado! Quanto tempo, quanta dor desmedida, para nada. Queria entender muitas coisas. Mas, os olhos não enxergam, a cabeça não pensa e o coração parece bater por obrigação. Ahhh, que bobagem é o amor! Que ilusão! Mas, que nada, a vida continua. O sol segue surgindo todas as manhãs e as estrelas ainda brilham de vez em quando. Mas, quem se lembra de olhar para o sol e para as estrelas? Quem se lembra de viver, quando o que mais se quer é fechar os olhos e adormecer, num sono lento e profundo, daqueles que não tem amor.

1 comment:

Unknown said...

Já leu uma do Fábio Hernandez que diz "nem sempre será assim"?
Pode acreditar, nem sempre será assim!
bjão,
Julia