Um Dia De Cada Vez

Após uma noite mal dormida, Johnny me tirou da cama. Era cedo, quando levantei. O calor forte que tem feito em Floripa me fez optar por um banho de água fria. A mesma opção feita na noite anterior. Despertei. E senti um certo alívio, quando percebi que, apesar do sono, estava bem. Johnny tb despertou e me convidou para tomármos um café. Assim como eu, ele não fica longe daqueles grãos torrados. Enquanto tomávamos, o líquido quente, Johnny me advertiu...que assim como o café, o amor tb excita e vicia. Então percebi que somos doentes. Doentes, ansiosos, vítimados pelo amor. Também, não pude deixar de notar, que como todo viciado, somos dependentes da droga, e pq não dizer assim, que nos vicia. O amor nos submete a uma busca, insana e ansiosa, pelo ser amado. E se não nos policiamos, acabamos por sufocar toda e qualquer esperança de fazer do amor que sentimos, uma forma de nos libertármos, ao invés, de estármos presos, numa cela pequena e sem janelas. Johnny, então me prometeu viver um dia de cada vez. E eu, agora um pouco mais leve, pude perceber que o verdadeiro amor é aquele que nos liberta. E eu me sinto um pouco mais livre, para amar e ser amado, ao seu tempo. Viverei um dia de cada vez...até que o tempo, transforme o meu querer em poder....e o meu amor em realidade.