O tempo passou e ele finalmente comprou a passagem para a esperada viagem. Estava ansioso, ela também. Ele viajaria na quinta-feira a noite após o trabalho. Previsão de chegada: 06:30hs. E lá estava ele, andando de um lado para outro na rodoviária. Dificíl seria estar calmo, sereno, que é o seu estado normal. O celular toca...é ela. "Oi, amor? Onde vc está?" "Eu estou aqui..." "Nossa! Vc vai se atrasar...vou desligar!" "Oi! Espera! Estou aqui na rodoviária." "Ahhh! Achei que estava em casa". Estas palavras o fizeram pensar que ela estaria tão ansiosa quanto ele...e acho que estava mesmo. Finalmente os ponteiros do relógio se mexeram...e chegava a hora de embarcar...20:00hs. A viagem começara. Mas, como tudo na vida é uma caixinha de surpresas...e como sempre quando temos pressa algo sempre sai errado... Uma hora e meia de viagem e o pneu estoura. Droga! Pensou em silencio. Parece que ele sabia que nada seria assim tão fácil. Uma hora e meia parada...uma troca de onibus e estava em movimento outra vez. O resto da viagem foi tranquila. Mas, o transtorno causado pelo pneu o fez chegar um pouco mais tarde. 09:30 da manhã de sexta-feira ele desembarca na rodoviária da cidade dela. "Amor? Já estou aqui." "Ok, estou indo lhe buscar". E ela foi. Ele andava de um lado para o outro...olhando tudo a sua volta...e pensando em tudo que estava por vir. Ele se vira e enxerga alguém vindo com um sorriso no rosto ao seu encontro. Pensa consigo mesmo...será que é ela? E era. Quando ela chegou mais perto ele pode ter certeza...era ela sim. Estava saltitando. Se aproximou e o beijou. Suas bocas não se acertaram muito...mas foi bom. Aquele beijo ainda vai encaixar. Pegaram um táxi que estava lhes esperando e partiram, rumo ao apto dela. Coisa rápida...cinco minutinhos e estavam lá. Eles entraram...e ele deu uma olhada a sua volta...gostou do que viu. Ela disse que iria preparar o café para ele antes de ir trabalhar. Ele achou aquilo maravilhoso...embora não tenha feito nenhum comentário. Conversaram um pouco...trocaram alguns beijinhos rápidos e ela foi trabalhar. Voltaria para o almoço. Ele aproveitou para tomar um banho e descansar um pouco...estava moído da viagem. Próximo ao meio-dia ela chegou. Preaparou um almoço rápido. Após o almoço...eles finalmente puderam ficar um pouco a sós...e se entregaram...a todas as promessas que haviam feito...quase todas. Não havia muito tempo, ela voltaria a trabalhar na parte da tarde. Mas, foi bom...muito bom, como sempre. Dificíl explicar com palavras o que nem gemidos puderam traduzir. Ela se foi...precisava trabalhar, e ele ficou ali...pensando, pensando...pensando. Na verdade ele pensa demais, planeja demais. Talvez devesse apenas viver...um segundo de cada vez...todos na intensidade que lhes couber. Resolveu dormir...e dormiu. O tempo passou bastante rápido...mesmo para ele que estava a esperar por ela. E ela chegou...e então tudo ganhou uma dimensão maior. Ela tem esse poder...fazer tudo ficar enorme a sua volta...tudo enormemente lindo. E então eles conversaram...e se amaram...e conversaram...e se amaram outra vez...e outra...e mais outra. E nada parecia ser suficiente para aquela vontade, aquele desejo....aquele prazer, que fazia aqueles dois corpos, aquelas duas pessoas se unirem. E assim foi, durante os dias seguintes. Tudo muito lindo...muito forte, intenso, verdadeiro. Nada...pode tirar isso deles. Nada nem ninguém. Isso pq eles não se importaram com os outros...e até mesmo com suas dúvidas...suas inseguranças. Apenas viveram aqueles momentos, Simplismente viveram aqueles sublimes momentos. E chegou a hora dele partir. Era uma segunda-feira...sua passagem foi comprada para as 09:30hs. Ela o levou até a rodoviária. Ficaram ali...se beijando e se abraçando até a hora dele embarcar. E resolveram continuar a sua história...resolveram marcar uma outra vez...e uma outra...e uma outra. Mas, não sabem qdo será a primeira. O que sabem é que querem e que caminham...caminham rumo a um sentimento que surge e se insinua...mas n se define...n tem essa pretensão. Talvez, pq simplismente seja o que é...apenas um sentimento. E para ser não precisa ter um nome....não precisa se fazer pronunciar, mas seus olhos o veem, seus ouvidos o escutam e seus corpos sabem do que ele é capaz. Espero que essa história tenha muitos capítulos e que tudo seja assim... feito poesia sem título...que não carece de nome...mas que fala por si...pois em si se traduz.
Tuesday, March 20, 2007
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